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Nostálgico (+18)

  • piluladepoesia
  • 20 de mai. de 2021
  • 5 min de leitura

Quando perdi a aposta contra meu irmão para ver quem iria ficar sem beber para dirigir hoje, achei que minha noite tinha acabado, mas no momento em que me sentei no bar e vi Laura, meu amor de infância, na mesa logo ao lado, mudei de ideia imediatamente. Laura e eu morávamos na mesma rua até os 13 anos de idade, ela foi meu primeiro amor e meu primeiro beijo, mas minha família acabou se mudando para o Rio de janeiro e eu nunca mais a vi. Alguns anos atrás, meu irmão mais velho veio estudar na Universidade de Brasília e eu segui seus passos, mas nunca imaginei reencontrar a Laura, sempre pareceu um sonho ou uma fantasia de criança. Ela estava no meio de um grupo de amigas que riam alto, o assunto da vez parecia ser como ‘’os homens não prestam”.


– Ah! Eles não prestam mesmo não!


Diz uma das meninas rindo. Em um súbito ímpeto de coragem, decido entrar na conversa:


– Realmente não tem como confiar em nós, mentimos muito.


Digo em tom zombeteiro. Um brilho de reconhecimento transpassa o olhar de Laura, mas não parece penetrar profundamente. Ela se vira para mim e começamos todos a conversar. Preciso que ela me reconheça, então, elaboro uma estratégia.


– Como eu disse, não dá mesmo para confiar em nenhum de nós. Eu mesmo tenho 36 anos, estou enganando todas você.


Elas riem e alegam que eu estou mentindo (e é claro que eu estou), mas preciso de um jeito casual de fazer Laura me reconhecer.


– Confiram por si mesmas!


Dito isto, passo minha CNH para a mão de Laura. Ela ri sonoramente:


– Eu sabia que você estava mentindo! Ele nasceu em 1995!


– O que só prova o meu ponto de que homem mente muito.


Digo em tom de brincadeira enquanto ela lê o resto das informações do documento. De repente, sua expressão muda, era o que eu queria.


– Fernando Lima. Você já morou na QNL 15 em Taguatinga?


Bingo! Ela lembrou!


– Sim! Bem que eu te achei familiar! Laura Pontes?


Ela faz que sim com a cabeça e percebo suas bochechas corarem. Laura diz que vai ao banheiro e uma das amigas se levanta para acompanhá-la. Quando volta, ela passa por trás da minha cadeira, aproveito a oportunidade para, delicadamente, tomar sua mão.


– Senta aqui comigo.


Ela aceita e conversamos sobre os velhos tempos, meu irmão conta histórias da nossa infância para as meninas, que se distraem com o charme dele tempo suficiente para eu monopolizar a atenção de Laura.


– Eu ainda lembro daquele beijo atrás do muro da casa da dona Terezinha.


Suas bochechas coram, mas ela sempre foi muito forte, não vai se deixar abalar. Me pego citando Machado de Assis mentalmente, assim como a Capitu de Bentinho, Laura era “uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem.”


– Éramos crianças, se quer mesmo que eu me lembre de algo, tome uma atitude.


Ela se levanta, anunciando que vai voltar para a mesa das amigas, mas eu a seguro pelo braço e a faço cair no meu colo. Ela está se divertindo, me desafia olhando fundo nos meus olhos, como se perguntasse até onde iria minha coragem. Passando os dedos por dentro de seus cabelos negros, puxo Laura para um beijo doce e terno: a boca dela tem gosto de vinho, seus lábios são macios e a língua atrevida se insinua para dentro da minha boca. Ouço os assovios das amigas dela e do meu irmão, mas nesse momento, sentir seu calor em meu colo é como ter em mãos o livro mais viciante do mundo e eu pretendo decifrar cada mistério contido em suas páginas. Meu corpo parece concordar, porque fico duro contra a bund* dela. Preciso me controlar, esse lugar é muito público. Nossos lábios se separam e é como despertar de um sonho bom: frustrante. Então eu proponho:


– Posso te levar em casa?


– Você ainda lembra o caminho?


– Você ainda mora na nossa antiga rua?


– Sim...


Laura sorri e vai até à mesa pegar a bolsa, ela paga sua parte na divisão da conta e vem até mim. A essa altura meu irmão já pediu um carro de aplicativo. Caminho ao lado dela, segurando sua mão, meu carro está na esquina do bar, a cada passo que damos, sinto meu desejo aumentar. O cabelo dela tem um cheiro gostoso. Abraço-a pela cintura para poder acariciar suas coxas expostas, a pele dela é macia e responde ao meu toque ficando arrepiada. Quando chegamos ao carro, eu já estou fora de controle, duro feito pedra, desconfortável dentro dos meus jeans. Olhando ao redor, percebo que não há ninguém na esquina, então abro a porta de trás do carro, Laura parece confusa, mas entra. No segundo em que a porta fecha atrás de nós, eu a empurro para o banco. Ela cai com as pernas meio abertas e eu levanto a sua saia, está com uma calcinha de florezinhas roxas: quase inocente, muito nostálgico. Afastando a calcinha para o lado, eu constato que ela está molhada e não tira totalmente os pelos, eu gosto muito disso. Não resisto e desço a boca para degustá-la. O gosto dela é suave, feminino e se derrete em minha boca, espalhando o mel de excitação no couro do banco. Os estalos da minha boca em sucção contra a umidade dela me enlouquecem, ela geme e diz palavras desencontradas. Introduzo dois dedos e CARALHO, ela é muito apertada e quente. Laura goz* na minha boca com um gemido alto, mas quero ter certeza se quer continuar.


– Está tudo bem?


– Se você não me fod*r agora, eu nunca vou te perdoar.


Ela diz com um sorriso sincero, brincando comigo enquanto recupera o fôlego.


– Conheço um motel a 5 minutos daqui...


– Está esperando o que, Fernando?


Todo processo de chegar ao motel, pegar a chave e estacionar o carro levou uma eternidade, mas agora, sentindo o corpo de Laura nu sobre o meu, tudo me parece pequeno demais. Eu enterro o rosto nos seios dela e deleito minha língua na maciez dos mamilos. Ela se ajoelha e faz um coque, meu coração quase para. Não há nada mais suave do que o interior da boca dela, seus lábios carnudos me apertam nos lugares certos e ela me recebe na garganta de bom grado. Eu quero me unir a ela de todas as maneiras possíveis, então a puxo pelos cabelos e a beijo, soltando-a na cama, ela ri da maneira mais safada que eu já vi na minha vida.

Desenrolo a camisinha no meu membro como se minha vida dependesse disso e me posiciono. Ela está deitada com as costas na cama, segurando as pernas junto ao peito com uma mão, enquanto brinca e se abre para que eu veja sua lubrificação escorrendo com a outra. Ela gosta de provocar. Entro nela sem rodeios e ela solta um gemido de satisfação, me movimentando para frente para trás.

Concentro-me no prazer dela, Laura geme e começa a se contrair ao meu redor, me apertando com seu orgasmo. É intenso e ela grita. Dou-lhe três segundo de folga e suspendo suas pernas em meus ombros, dessa forma, posso unir nossos corpos mais profundamente ainda. Travo os olhos nos dela e, me perdendo no prazer daquele momento, retiro-me rapidamente para goz*r em seus seios. Ela ri e se inclina para me beijar. Naquele momento o mundo é nosso ateliê de arte, o corpo dela é um quadro e eu, um pintor impressionista.


ree

Imagem: reprodução ; Pinterest. Disponível em: <https://pin.it/4ann4Rv>

 
 
 

1 Comment


Marília Santos
Marília Santos
May 29, 2021

PERFEITO😫🖤

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